Fotos: Pedro Piegas (Diário)
Diretoria apresentou a prestação de contas em coletiva nesta quinta-feira
A diretoria do Lar das Vovozinhas fez uma prestação de contas em coletiva, nesta quinta-feira, e apresentou que quitou parte da dívida de aproximadamente R$ 1 milhão ao utilizar os R$ 720 mil que recebeu das lojas Havan. O repasse da megaloja catarinense à entidade é referente ao adiantamento de dois anos de aluguel do terreno ao lado do Lar, onde a Havan é erguida.
O presidente da entidade, Saul Fin, detalhou que utilizou cerca de R$ 652 mil do valor para quitar parte das dívidas e que os R$ 67 mil restantes seguem na conta bancária do Lar.
PRESTAÇÃO
O Lar recebeu R$ 720 mil em adianto a dois anos de aluguel pelo terreno que a loja Havan vai usar ao lado da entidade. A maior parte desta verba foi utilizada para pagar as seguintes contas:
- Folha de pagamento de junho - R$ 40 mil
- Cheque especial - R$ 30 mil
- Empréstimo que um voluntário fez ao Lar - R$ 63 mil
- Primeiro empréstimo em banco - R$ 136.529,43
- Segundo empréstimo em banco - R$ 61.254,63
- Empréstimo que um associado fez ao Lar - R$ 35 mil
- INSS em atraso - R$ 78.520,98
- FGTS em atraso - R$ 49.451,38
- RGE (em atraso) - R$ 89.289,73
- Férias - R$ 8.503,23
- Contador - R$ 5 mil
- Sindicato da saúde - R$ 6.448
- Folha de julho - R$ 50 mil
- Total - R$ 652.997,35
Contudo, Fin diz que, pelos próximos dois anos, a entidade não vai receber valores referentes ao aluguel da megaloja. Além disso, há um déficit mensal de R$ 129 mil, já que o Lar necessita de R$ 320 mil para todas as despesas, mas arrecada R$ 191 mil mensalmente.
- Sempre tem um déficit e a gente vai trabalhando com o que tem em caixa. E estamos sempre atrás, buscando mais para manter as contas pagas, na medida do possível - disse o presidente.
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Fin diz que o valor do contrato fechado com a Havan de 30 anos, renováveis por mais 30, não é suficiente para arcar com os custos do Lar das Vovozinhas, que abriga 166 idosas. Ele reforça que o local precisa do auxílio da comunidade para a manutenção, sejam em doações (dinheiro ou donativos) ou em trabalho voluntário. Segundo a diretoria, 50% dos doadores deixaram de repassar verbas à entidade nos últimos meses.
Interessados em ajudar podem contatar o Lar pelo telefone (55) 2103-2626, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. A equipe também atende pelo Facebook.
A diretoria mantém um portal de transparência no site da entidade, para que a comunidade possa acompanhar gastos e arrecadações.
ORDEM JUDICIAL
Além de apresentar dados sobre as finanças, a diretoria também apresentou a situação do afastamento de duas irmãs, que trabalhavam como voluntárias no Lar, por ordem judicial. Como a investigação está em andamento e sob sigilo, a diretoria não passou muitas informações e informou que foi notificada sobre o caso, pelo Ministério Público (MP), no começo deste mês. Estas duas irmãs da Congregação da Divina Providência trabalhavam há 5 anos no Lar.
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O promotor responsável pelo caso foi procurado pela reportagem. Entretanto, ele apenas disse que não comentará o caso nesse momento.